segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Os perversos na moda
Foto: Gui Paganini
Os papeis parecem invertidos. Agora, os vilões do cinema e da teledramaturgia é que fascinam o público. No passado, assumir um papel de vilão, associar a imagem a tais personagens, representava perda no faturamento publicitário e um bom tempo para "se livrar" da imagem negativa do personagem.
A sociedade mudou, os valores mudaram. Agora, os vilões são belos, sensuais, elegantes, obstinados, complexos e, consequentemente, fascinantes.
A campanha da Arezzo verão 2011 reedita esse fetiche e coloca em cena os perversos da novela Passione. Com styling assinado por Alexandre Herchcovitch e direção de Giovanni Bianco, os atores exacerbam sensualidade, beleza e o charme ambíguo da crueldade.
É fato que a publicidade em geral acompanha o espírito dos tempos, a temperatura e a linguagem da sociedade. Quase nunca ousa instaurar novos valores, abrir caminhos inéditos.
Mas será que devemos celebrar a crueldade, banalizar o mal? Será que não somos - ou buscamos ser - aquilo que admiramos?
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